Acabei de ler um livrinho curto, da série "coisas que comprei antes de vir para o Brasil para ler nos intervalos da tese". Chama-se "Dawkins' God" dum professor de teologia (com doutorado em química orgânica) de Oxford, o Alister McGrath.
O livro é uma resposta ao biólogo Richard Dawkins, que escreveu o livro de divulgação científica mais maneiro de todos os tempos, "O Gene Egoísta", um dos livros mais fodas que eu já vi. Mas depois o Dawkins se empolgou e virou um militante radical pelo ateísmo. E, como muitos cientistas naturais que se aventuram pelas humanidades ou pela política, resolveu tirar umas férias do rigor.
O argumento do livro do McGrath é, na verdade, bem simples, embora apresentado de várias formas diferentes: cientificamente, nao é possível resolver "The God Question". Cientificamente, nao e possivel provar nem que Deus existe, nem que ele nao existe. Podemos argumentar racionalmente sobre o assunto, nos baseando nas melhores experiências que tivermos ao nosso alcance, mas ninguem nunca vai provar nada cientificamente.
E meio constrangedor que um cara inteligente como o Dawkins tenha que ouvir um troço óbvio desses, mas, enfim.
Meu trecho favorito: Dawkins comenta as críticas pós-modernas à ciência
"A física moderna nos ensina que há mais na verdade do que o olho pode ver. Ou que a mente humana, tão limitada, pode perceber, ela que evoluiu para lidar com objetos médios se movendo a velocidades médias através de distâncias médias na África. Diante desses mistérios profundos e sublimes, a enrolação de baixo-nível de farsantes pseudo-filosóficos parece não merecer a atenção de um adulto"
Comentário do McGrath: "É o meu argumento, precisamente"
Monday, July 24, 2006
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