Palocci foi o sujeito que bancou politicamente o projeto do Agenda Perdida, de que já falamos aqui. Em resumo, nos meus termos:
Não há como competir com a máquina global em termos de inovação tecnológica. Logo, para nossas empresas serem competitivas tecnologicamente, precisam comprar máquinas no exterior (a principal diferença entre os últimos vinte anos e o período desenvolvimentista é a estagnação do investimento em capital fixo). Entretanto, se importarmos todas as máquinas que precisamos, a balança comercial vai quebrar. Para não quebrar, precisamos exportar alucinadamente. Daí que o governo incentiva as exportações.
Para ampliar nossa possibilidade de exportar, vamos ter que fazer concessões internacionais. A Fazenda prepara uma nova abertura, e procura aprovar as PPPs e a agenda microeconômica, que aumentariam nossa competitividade.
A manutenção das metas de inflação servem para criar um ambiente econômico em que o setor privado faça tudo isso aí em cima.
É um novo ciclo, que substitui a política de substituição de importações, falecida há vinte anos. Começou com a abertura de Collor, progrediu durante os anos FHC (quando o câmbio barato permitiu a importação de muitos equipamentos),e progride com Palocci, que se aproveitou da sistematização da turma do Agenda e continuou a correção dos efeitos do câmbio fixo pelo Armínio Fraga.
Wednesday, November 16, 2005
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