Se todos os escândalos atuais da política brasileira (do Mensalão ao escândalo da arbitragem) tivessem sido feitos por um só cara, seria o Tom DeLay, líder dos republicanos na câmara americana, que acaba de renunciar, como seu equivalente severinístico.
Para entender DeLay, imaginem se o Zé Dirceu, em vez de ter sido guerrilheiro, tivesse virado dedo-duro do DOI-CODI. E imaginem que o PT, ao invés de ter sido eleito tendo que provar sua fidelidade com o sistema, fosse tão umbilicalmente ligado ao que o sistema tem de pior que pudesse fazer qualquer barbaridade. E imaginem que o espírito de Idi Amin Dada incorporasse no Dirceu. Pronto, Tom DeLay.
O ponto alto de sua carreira, na minha opinião, ocorreu quando foi encarregado de fazer um projeto qualquer para reduzir algum tipo de sacanagem (acho que financiamento ilegal de campanha), e, junto com outro safado, fez um projeto que, propositadamente, não resolvia nada. O melhor era o nome da lei, batizada com o nome dos dois autores: lei "DeLay-Dolittle" (em português, "atrase e faça pouco").
Saturday, October 01, 2005
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