Prestem atenção no que acontece com a Irmandade Muçulmana. A organização foi fundada em 1928 por Hassan El-bama e seis trabalhadores da construção de Suez, nos moldes da maçonaria. Pregava a volta ao islam tradicional, contra a "corrupção" ocidental, e tentou fazer uma espécie de Internacional Islamista, incluindo seções no Egito (a sede do negócio), Síria, Iraque, Palestina, e vários outros países islâmicos. O Hamas é um braço da Irmandade.
Ao contrário da turma da Al-Qaeda, a Irmandade Muçulmana não defende a violência como tática principal de islamização da sociedade. Oficialmente, pelo menos, o movimento se proclama reformista, e tem enfatizado a participação no processo eleitoral, como mostra a vitória do Hamas. A violência é aceita nos territórios ocupados, como Palestina, Iraque, e, enfim, Israel. Mas o movimento se opõe frontalmente a atentados como o 11 de Setembro.
A questão é: segundo a The Economist, a Irmandade vem tentando aproveitar as possibilidades abertas pelas eleições recentes no Oriente Médio, e vem levando esporro da turma jihadista. Como será esta adaptação? Isso promete ser interessante.
Não deixem de ler o dossiê sobre "Political Islam" na the Economist.
Friday, February 17, 2006
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