Artigo muito interessante na The Economist sobre as consequências do terrorismo. Pesquisa do Nobel de Economia Gary Becker analisa o impacto de atentados terroristas no comportamento cotidiano das populações afetadas. Afinal, o objetivo dos terroristas não é tanto matar 50 pessoas no metrô, mas sim espalhar um medo vago e generalizado entre toda a população. A ênfase da pesquisa é a diferença entre o risco e o medo. Objetivamente, a probabilidade de cada passageiro de ônibus individual morrer em um atentado é muito pequena, mas o medo vai além do risco objetivo.
A pesquisa mostra que a tendência é a seguinte: quem fazia algo regularmente não deixa de fazer. Quem fazia ocasionalmente deixa de fazer. Por exemplo, quem frequentava Cafés (alvo comum em Israel, por exemplo) regularmente continua frequentando mesmo com o atentado. Mas quem ia no Café só de vez em quando deixa de ir. O mesmo vale para usuários de ônibus e metrô depois de atentados nesses meios de transporte.
Os pesquisadores sugerem que as pessoas em um certo momento 'decidem' se têm medo ou não de continuar com certo comportamento, e essa decisão se baseia na preferência que têm ou não têm por tal comportamento. Uma vez tomada a decisão, ela tende a ser mantida, mesmo que o risco real varie.
Thursday, July 28, 2005
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