E, enfim, o Lewis adverte para o perigo de um ataque do Irã a Israel, bem, amanhã.
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Anonymous
said...
Fiquei muito interessado no texto do Bernard Lewis, mas procurei por aqui por essas bandas do sul, e não encontrei esse livro. Vou encomenda-lo à Cultura. Outro assunto: li a entrevista que o Cristóvao Buarque concedeu ao Estadão, e fiquei propenso a votar na Heloísa Helena, só para garantir um segundo turno para o Lula. Em suma, um dos argumentos do Cristóvão é que, se Lula for eleito já no segundo turno, as chances (e política é também uma questão de oportunidade) dele se tornar uma espécie de Chaves, e governar por plebiscito não são tão impensáveis assim. Ele se elegeria, além disso, com uma fraca base de apoio, ao passo que, se fosse para um segundo turno, teria necessariamente que compor alianças. Tudo bem, até podemos imaginar as alianças espurias que ele teria que fazer, mas duvido que Heloísa Helena, p. ex, declarasse apoio a Alckmin... Enfim, é algo pra se pensar.
Ah, só para completar o raciocínio, a formula que C. Buarque entende é (votação maciça -base de sustentação parlamentar = legitmidade pra fazer qualquer merda sem dar satisfação a ninguem)
Eu tambem acho o Lewis muito bom, so li alguns artigos dele e aquele livro Os Arabes na Historia. Mas confesso que acho ele proximo demais da Casa Branca para aceitar algumas das suas ideias. E uma coisa muito comum em historiadores colocar-se como interpretes da historia universal, e nao apenas de suas areas de especializacao. Falar de "nao ha taxacao sem representacao", e seu oposto, como principios da democracia ocidental... bom, nao foi assim na Alemanha, ne? Os portugueses ensaiaram algo assim, mas nao vingou. Nem com os espanhois, italianos e franceses (revolucao a parte, a republica so se consolidou depois de 1870, ne?). Depois, dizer que o cristianismo era a religiao dos oprimidos, francamente...
Isso é que dá provocar um cidadão do glorioso Império Romano! O Amiano Marcelino tem razão, em geral, como sempre. Agora, o cristianismo no comecinho era mesmo uma religião de pobre, eu acho.
Se Mannheim tiver certo, vale a pena uma citacao dele sobre a origem do cristianismo:
"Acredito ue, do ponto de vista da interpretacao estrita, somos infinitamente enriquecidos quando tentamos compreender a sentenca biblica "os ultimos serao os primeiros', como a expressao psiquica da revolta dos estratos oprimidos. Acredito que compreenderemos melor se, como Nietzzsche e outros nos indicaram de varias formas, consideraros e tomarmos conhecimento da significacao do ressentimento na formacao de juizos morais. Neste caso, por exemplo, se poderia dizer, quanto ao cristianismo, que foi o ressentimento que deu coragem aos estratos inferiorse para se emanciparam, pelo menos fisicamente, da dominacao de um sistema de valores injusto e para estabelecerem os seus em oposicao a estes." (Ideologia e Utopia, pag. 52)
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Fiquei muito interessado no texto do Bernard Lewis, mas procurei por aqui por essas bandas do sul, e não encontrei esse livro. Vou encomenda-lo à Cultura.
Outro assunto: li a entrevista que o Cristóvao Buarque concedeu ao Estadão, e fiquei propenso a votar na Heloísa Helena, só para garantir um segundo turno para o Lula. Em suma, um dos argumentos do Cristóvão é que, se Lula for eleito já no segundo turno, as chances (e política é também uma questão de oportunidade) dele se tornar uma espécie de Chaves, e governar por plebiscito não são tão impensáveis assim. Ele se elegeria, além disso, com uma fraca base de apoio, ao passo que, se fosse para um segundo turno, teria necessariamente que compor alianças. Tudo bem, até podemos imaginar as alianças espurias que ele teria que fazer, mas duvido que Heloísa Helena, p. ex, declarasse apoio a Alckmin...
Enfim, é algo pra se pensar.
Ah, só para completar o raciocínio, a formula que C. Buarque entende é (votação maciça -base de sustentação parlamentar = legitmidade pra fazer qualquer merda sem dar satisfação a ninguem)
Eu tambem acho o Lewis muito bom, so li alguns artigos dele e aquele livro Os Arabes na Historia. Mas confesso que acho ele proximo demais da Casa Branca para aceitar algumas das suas ideias. E uma coisa muito comum em historiadores colocar-se como interpretes da historia universal, e nao apenas de suas areas de especializacao. Falar de "nao ha taxacao sem representacao", e seu oposto, como principios da democracia ocidental... bom, nao foi assim na Alemanha, ne? Os portugueses ensaiaram algo assim, mas nao vingou. Nem com os espanhois, italianos e franceses (revolucao a parte, a republica so se consolidou depois de 1870, ne?). Depois, dizer que o cristianismo era a religiao dos oprimidos, francamente...
Grande Amiano!
Isso é que dá provocar um cidadão do glorioso Império Romano! O Amiano Marcelino tem razão, em geral, como sempre. Agora, o cristianismo no comecinho era mesmo uma religião de pobre, eu acho.
Se Mannheim tiver certo, vale a pena uma citacao dele sobre a origem do cristianismo:
"Acredito ue, do ponto de vista da interpretacao estrita, somos infinitamente enriquecidos quando tentamos compreender a sentenca biblica "os ultimos serao os primeiros', como a expressao psiquica da revolta dos estratos oprimidos. Acredito que compreenderemos melor se, como Nietzzsche e outros nos indicaram de varias formas, consideraros e tomarmos conhecimento da significacao do ressentimento na formacao de juizos morais. Neste caso, por exemplo, se poderia dizer, quanto ao cristianismo, que foi o ressentimento que deu coragem aos estratos inferiorse para se emanciparam, pelo menos fisicamente, da dominacao de um sistema de valores injusto e para estabelecerem os seus em oposicao a estes." (Ideologia e Utopia, pag. 52)
desculpem os erros de portugues acima, é que tava digitando rapido...rs
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