Ao que parece, Fidel está indo pro saco. Que vá.
Não há dúvida de que Castro tem um legado, especialmente na construção do sistema de saúde cubano. É claro que tudo que fez foi com dinheiro soviético, mas, até aí, muita gente gastou o suborno soviético em arma (ou mandou pra Suiça). Quando acabou o subsídio, Cuba cortou gastos militares, a Coréia do Norte matou milhões de fome para fazer bomba atômica. É meio foda dizer que um sujeito pelo menos era melhor que o maluco da Coréia do Norte, mas a comparação é relevante por que eram dois sujeitos na mesma situação de poder absoluto, que, certamente, teria corrompido muita gente boa.
Também é verdade que Castro quase destruiu o mundo. A crise dos mísses cubanos, hoje sabemos, foi o momento em que mais nos aproximamos do holocausto nuclear, e Castro achou que Kruschev foi meio bichinha de dar pra trás.
E, enfim, Castro é um ditador terrível. Líderes oposicionistas, nesse exato momento, apodrecem na cadeia. Lula, que tanta tristeza sente nessa hora, deveria se solidarizar com os sindicalistas cubanos, reduzidos à mais patética peleguice pela polícia secreta. Fidel o teria fuzilado no começo de 79, e teria desonrado sua família chamando-o de verme a serviço do imperialismo. É vergonhoso que Fernando Morais diga que não devemos nos preocupar com a doença de Castro, por que "o povo cubano está preparado para isso". Como Morais sabe o que se passa pela cabeça do povo cubano, se ele não tem voz?
Que morra Castro. E que caia o regime cubano, assim que uma alternativa razoável se constituir dentro de Cuba. Se não cair assim, cairá por Miami, e aí, sim, teremos o pior dos dois mundos.
Thursday, August 03, 2006
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment