Uma alternativa ao PT seria, naturalmente, a esquerda não-Lulista, formada, a essa altura do campeonato, por PDT, PPS e PSOL.
PDT e PPS vêm, a algum tempo, planejando uma fusão.Não se sabe o que sairia disso. O PDT é o resumo de tudo que há de atrasado na esquerda brasileira; à maneira norte-coreana, continuam a venerar o líder morto, ignoram completamente a possibilidade de aplicação da aritmética na gestão pública, não vêem espaço para os movimentos sociais na direção da esquerda, e seu compromisso com a ética fica claro no fato de que está representado na mesa do Severino.
O PPS se alia a qualquer coisa: Severino, Amazonino Mendes, o PDT. Ninguém mais comenta, mas quem trouxe o Jefferson para a aliança do Lula foi o PPS (o PTB era aliado do PPS durante a campanha do Ciro). Até aí, em outros tempos tinha se aliado ao Stalin. Entretanto, vinha tentando se firmar como alternativa de centro-esquerda, mais moderada que o PT, e Roberto Freire já havia dado várias declarações interessantes nesse sentido. Vamos ver se a soma belo discurso de centro-esquerda + Roberto Jefferson emplaca a reeleição, em terceira reencarnação, depois de PT e PSDB.
O P-SOL é o único partido anti-Lula que também é anti-Severino, o que poderia lhe garantir certa credibilidade. Mas o programa do P-SOL é tão pateticamente deprimente, e sua ruptura com o totalitarismo bolchevique tão débil, que tratar-se-ia apenas de substituir a ganância pelo sadismo como problemas do sistema político brasileiro. Não é tão ruim quanto o PSTU, mas até aí quase nada é.
Enfim, os outros partidos de esquerda só prometem o fim da estabilidade fiscal, com altíssima probabilidade de aumento da corrupção, não apenas por que historicamente foram mais, e não menos, propensos do que o PT a se aliar com corruptos, mas por que sua insignificância numérica implica que seriam obrigados a pagar ainda mais por deputado direitista.
Sunday, August 14, 2005
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