Manifesto Euston

Uns intelectuais e blogueiros de esquerda, liderados pelo Norman Geras (ver link para o blog dele aí do lado) lançaram um manifesto bacana, o Euston Manifesto. Seus princípios:

1-Pela democracia
2- Nenhum compromisso com a tirania (mesmo a de esquerda ou anti-imperialista)
3-Direitos humanos para todos (inclusive os países islâmicos)
4-Igualdade (social e ecoonômica, como na esquerda clássica)
5- Desenvolvimento como Liberdade (ver Amartya Sen)
6-Contra o Anti-Americanismo
7-Israel e Palestina como Estados independente
8-Contra o racismo
9-Repulsa ao terrorismo
10-Novo internacionalismo
11-abertura crítica (nem adesão a tudo que é de esquerda, nem repulsa a tudo que é de direita)
12-Verdade histórica (não admitir que se negue o holocausto, ou os crimes de Stalin e Mao)
13-Liberdade de Idéias (inclusive o direito de criticar a religião dos outros)
14-Open source pra tudo: software, ciência, patentes, etc.
15-Defesa da modernidade


Os proponentes do manifesto se dividem sobre a guerra do Iraque, mas não sobre o fato de que o fundamental agora é construir uma democracia estável no Iraque. Também não compram a tolerância ao anti-semitismo quando ele aparece como "anti-sionismo".

Achei bacana. É meio foda que, a essa altura do campeonato, seja preciso fazer um manifesto que inclua itens como "contra o racismo", ou, Meu Deus, "Pela verdade histórica". Mas estes são os tempos.

De agora em diante, o manifesto vai ser um blog. Uma crítica pode ser encontrada aqui. Um artigo do Geras respondendo a algumas das críticas ao manifesto podem ser vistas neste artigo.

Tem uns exageros retóricos, e eu acho que deveria ter sido mais duro ao denunciar a tortura praticada pelos países ocidentais (não é que não denuncie, mas poderia ter usado termos mais duros). Mas, no geral, achei bom, e assinaria.