Wednesday, April 25, 2007

Fichamento On-Line: What Should the Left Propose? (Cap.4)

Apesar da polêmica toda sobre o Unger, continuamos com nosso fichamento on-line.

Além dos proletários querendo ser pequeno-burgueses, o outro agente da nova esquerda para o Unger são as nações querendo ser diferentes.

Paradoxo: historicamente, para manter sua independência, os países tiveram que copiar os mais bem-sucedidos concorrentes, muitas vezes com sacrifício de suas próprias tradições [de fato, o país não-ocidental mais bem-sucedido, o Japão, é que mais cedo embarcou no modelo capitalista]. O nacionalismo vai então, pela própria competição entre países, se tornando um ideal cada vez mais abstrato, sem conteúdo. Quando tinha conteúdo, se podia fazer compromissos [exemplo do que eu acho que isso significa: os africanos podiam, enquanto sua cultura ditava todo seu modo de vida, abrir espaços nela para fazer negócios com os portugueses] mas, quando o nacionalismo vira um negócio abstrato, tende para o fanatismo [os africanos de hoje, já vivendo em grandes cidades como Lagos, não tem mais todo seu modo de vida ditado por suas tradições, e o “ser africano” deixa de ser uma maneira de vida, e vira um ideal, uma bandeira, sem conteúdo porque ninguém propõe seriamente que se volte à vida tribal. Sem possibilidade de implementação, mas com poder de mobilização emocional, o ideal de africanidade pode virar loucura]

Solução/Novo paradoxo: para que os países ganhem margem de manobra real para serem heresias no sistema mundial, precisam fazer algumas coisas igual, como manter uma taxa de poupança muito alta, facilmente mobilizável pelo investimento, que os tornem independentes do investimento internacional.

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