Nesse capítulo, Unger lista os quatro principais problemas da esquerda contemporâneo (as soluções são sugeridas no próximo capítulo).
Faltam quatro coisas à esquerda:
1) Uma alternativa: o horizonte da esquerda está preso a, por um lado, o estatismo centralizador, e, por outro, a compensação das desigualdades do mercado.
2) Idéias: as ciências sociais viraram racionalização dos padrões de comportamento atuais, a filosofia política virou um esforço de humanização do mercado, e as humanidades (crítica cultural, etc.) viraram um escapismo.
3) Um agente: a esquerda fracassou em estabelecer uma relação preferencial com a classe operária que não passe por teorias necessitarias (no caso, teorias que pregam um vínculo lógico e inevitável entre certos agentes e certos interesses e práticas). Não é porque o marxismo fracassou que esse vínculo não pode existir.
4) Uma crise; posto que a grande mudança vem da crise, cujo “trabalho” a boa teoria deve “antecipar” (ver post sobre a introdução).
[Comentário: Quando li esse capítulo, fiquei meio com medo de que fosse se repetir uma experiência que tive assitindo uma palestra do Giddens, à qual também compareceu o glorioso Amiano Marcelino. A palestra era sobre o Novo Trabalhismo. Giddens começou dizendo que faltavam quatro coisas para o NT. No que eu pensei: pô, eu achava que ia ser só enrolação, e o cara vai listar claramente o que deve ser feito. Mas aí veio a lista das quatro coisas: novos conceitos, novas narrativas, e mais outras duas coisas, nessa mesma linha, que eu não lembro direito. Enfim, mais um exemplo do eterno arrumar de malas para uma viagem que nunca começa (não sei quem disse essa frase sobre o Parsons, li no Goldthorpe). No próximo capítulo vocês vão ver que esse não é o caso do Unger]
Tuesday, April 03, 2007
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